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          Quando você nasceu eu tinha 13 anos. 24 de novembro de 1984.


          Eu estava terminando a sétima série do primário.


          Lembro que fiquei muito feliz. Felicidade dessas que a gente sente e não sabe bem por quê. Fiquei contando para todo mundo que eu encontrava na rua, que minha irmã tinha nascido. Tipo bobo alegre.


          Passei o resto da adolescência perturbando minha mãe e não acompanhei de perto a sua infância. Depois, fui fazer faculdade em Florianópolis e só começamos a ter mais contato quando me formei. Nessa época a adolescente era você. Aliás, uma adolescente muito bacana, calma, bem comportada. Muito diferente de minha adolescência de rebelde sem causa.


          Hoje você já é uma mulher e eu quase não tenho mais cabelo.


          E só agora passamos a nos conhecer melhor. A conversar mais. Beber cerveja junto. Tocar violão na chácara, em Marília, até amanhecer. Você até veio me visitar aqui em Curitiba e fomos juntos ao museu do “olho”!


          Quis o destino que até agora tivéssemos esse contato de uns cinco dias por ano. Agora mesmo, você voltou para Marília e eu estou indo morar no estado do Rio de Janeiro.


          Mas uma coisa é certa: esses cinco dias estão cada vez melhores.


          Grande abraço e beijos.


          PS: Vamos combinar os cinco dias desse ano para depois do Natal? Acho que dessa vez consigo folgar naquela semana entre Natal e Ano Novo. Pode ser em Marília, Curitiba, Florianópolis, Rio de Janeiro... Você escolhe. E o novo namorado? Tá legal? Gostei dele. Me avisa se a fila andar, para eu não errar os nomes...

Ana Amália

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